Por 12 votos a oito, vereadores aprovam arquivamento da CEI que investigava supostos desvios de doações do Fundo Social de Bauru
30/06/2025
(Foto: Reprodução) CEI apurava se doações do Fundo Social de Bauru eram desviadas para igreja ligada à família da prefeita. Vereadores de Bauru votam pelo arquivamento da CEI do Fundo Social
Câmara Municipal de Bauru/Reprodução
Por 12 votos a 8, os vereadores da Câmara de Bauru (SP) aprovaram, no fim da noite desta segunda-feira (30), o arquivamento da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigava supostas irregularidades nas doações do Fundo Social de Solidariedade.
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No dia 27 de junho, o relator do caso, o vereador André Maldonado (PP), havia concluído o relatório da CEI e pedido pelo arquivamento das investigações por falta de provas, o que havia sido aprovado pelos cinco membros da comissão: Sandro Bussola (MDB), presidente da comissão, Dário Dudário (PSD), Beto Móveis (Republicanos) e Pastor Bira (Podemos).
O próximo passo seria a votação do plenário nesta segunda-feira, onde os 21 vereadores votariam se concordavam com o arquivamento. Com 12 votos a favor e oito contra, a CEI foi arquivada. Agora, o texto segue para o Ministério Público e para a Polícia Civil.
Durante a sessão, que teve sua votação apenas às 20h desta segunda-feira, os vereadores subiram à tribuna para defender seu ponto de vista e justificar seu voto.
A base do governo defendeu o arquivamento e teve como base o encerramento das investigações também pela Polícia Civil, tendo alguns membros elogiando também o trabalho da comissão. A oposição criticou aspectos ainda não resolvidos do relatório e a velocidade com que as investigações foram conduzidas. Veja como cada um votou:
Como votaram os Vereadores em Bauru
O presidente Markinho Souza (MDB) não vota.
Após votação, o texto final segue para o Ministério Público e para a Polícia Civil.
Apesar do arquivamento da CEI, o relatório final confirmou fragilidades no Fundo Social, como a falta de controle de chegada e saída de doações. O texto lido na sessão desta sexta-feira pede que a prefeitura tome medidas emergenciais para correções e para prevenir possíveis danos. Mesmo reconhecendo essa falha, o texto não imprime caráter punitivo ou atribui responsabilidade às pessoas que estavam a frente do Fundo Social.
Doação de celulares
A Receita Federal informou a comissão a doação de cerca de R$ 1 milhão em bens à prefeitura nos últimos quatro anos, incluindo centenas de celulares e eletrodomésticos. Segundo André Madonado (PP), relator da CEI, não há controle sobre a destinação desses bens: "Tem o registro de entrada, mas não o de saída".
Posteriormente, em vídeo publicado nas redes sociais, a vereador Estela Almagro cobrou explicações sobre os 449 celulares doados (avaliados em R$ 320 mil) e afirmou que "é dever dos membros da CEI investigar o paradeiro desses aparelhos, caso contrário, pode-se configurar o crime de prevaricação (art. 319 do cp)". Veja os detalhes aqui.
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