Empresário envolvido em esquema de agiotagem do PCC é preso a caminho do RS para ajudar vítimas da enchente

  • 07/05/2024
(Foto: Reprodução)
Segundo o Ministério Público, Sedemir Fagundes integra um grupo que movimentou mais de R$ 20 milhões somente no ano passado. Os criminosos emprestavam dinheiro com juros que chegavam a 300% por mês, além de praticarem extorsão e ameaça contra os devedores. Empresário do MC Paiva é preso durante operação do Gaeco em Santa Catarina Reprodução/Redes sociais O empresário Sedemir Fagundes, mais conhecido como Alemão, foi preso durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (7) em Navegantes (SC), a caminho do Rio Grande do Sul. Ele é suspeito de participar de um esquema de agiotagem do Primeiro Comando da Capital (PCC) que movimentou R$ 200 milhões somente no ano passado. A Operação Khalifa foi deflagrada pelo Gaeco, do Ministério Público, com auxílio da Polícia Militar. Os mandados de prisão foram cumpridos em municípios da Grande São Paulo e em Santa Catarina. Nove pessoas foram detidas e duas seguem foragidas. Em suas redes sociais, o investigado - que é empresário do funkeiro MC Paiva - compartilhou que estava a caminho do estado gaúcho para ajudar as vítimas das enchentes, que já deixou 90 mortos, levando duas motos aquáticas e mantimentos. O g1 tenta contato com advogado do Sedemir. Alemão também ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais, exibindo fotos e vídeos de carros, motos e viagens internacionais. Investigado estava a caminho do Rio Grande do Sul quando foi preso Reprodução/Redes sociais Operação Khalifa Segundo investigação do Ministério Público, os criminosos agiam na capital paulista e na região do Alto Tietê desde 2020. Somente em 2023, eles movimentaram mais de R$ 20 milhões com o esquema. A rede de agiotagem emprestava dinheiro com juros de até 300% ao mês. Além da cobrança de juros abusivos e taxas por atrasos nos pagamentos dos valores, eles também praticavam extorsões e ameaças contra os devedores. A investigação do Gaeco ainda aponta que os empréstimos eram destinados a pessoas físicas e jurídicas, que necessitavam de capital de giro para investir em negócios de médio porte. Os criminosos apresentavam hábitos luxuosos e viviam em apartamentos caros. Na capital, o grupo costumava fazer vítimas na região do Brás. Armas, celulares, joias e dinheiro em espécie foram apreendidos durante operação contra o PCC Reprodução/Polícia Militar "Operações recentes deflagradas pelo GAECO têm demonstrado que a facção criminosa vem se sofisticando nas formas de obter rendimentos, deixando de lado as conhecidas práticas de tráfico e roubo para recorrer a atividades mais lucrativas e menos sujeitas à repressão estatal. Fraudes em licitações e empréstimos a juros astronômicos são algumas delas", afirmou o promotor Frederico Silvério em coletiva de imprensa. Além dos nove presos, a operação ainda apreendeu seis armas, sendo um fuzil, celulares e joias, além de R$ 65 mil. No total, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Investigações Essa é a terceira ação envolvendo integrantes do PCC nos últimos meses. Em abril, três vereadores e mais 10 pessoas foram presas em operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações. No mesmo mês, o MP de São Paulo realizou a Operação Fim da Linha, que prendeu quatro dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista, também acusados de ligação com o PCC. Segundo os promotores, o grupo usava as empresas Transwolff e UPBus - que prestam serviços de transporte coletivo nas Zonas Sul e Leste da capital - para lavar dinheiro da organização criminosa. LEIA MAIS: Lavagem de dinheiro, Marcola e ausência do Estado: entenda como o PCC se infiltrou nos serviços públicos de São Paulo Entenda como funcionava esquema entre empresas de ônibus suspeitas de envolvimento com PCC em São Paulo Prefeitura de SP investiga lavagem de dinheiro do crime organizado em empresa de ônibus UPBus desde 2022, diz Controladoria

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/05/07/empresario-envolvido-em-esquema-de-agiotagem-do-pcc-foi-preso-a-caminho-do-rs-para-ajudar-vitimas-da-enchente.ghtml


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